Maldita Guerra: Nova História da Guerra do Paraguai [Conclusões]

Resumo das conclusões do livro Maldita Guerra: Nova História da Guerra do Paraguai, de Francisco Fernando Monteoliva Doratioto – Política Externa Brasileira I – Prof. André Luis Reis da Silva.

  • Objetivos do Império brasileiro em relação ao Paraguai:
  1. livre navegação no rio Paraguai, para comunicar a província de MT com o restante do Brasil.
  2. buscar um tratado de fronteiras com o Paraguai, para ratificar a expansão territorial do período colonial.
  3. conter a influência argentina sobre a região, que tinha ambições de restabelecer o Vice-Reino da Prata, através de Rosas.
  • A partir da segunda metade do século XIX o Império passaria a se preocupar mais com questões externas, pois antes estava mais preocupado com a consolidação do Estado monárquico e com seus problemas internos.
  • Havia uma preocupação com os interesses argentinos, pois isso poderia insuflar o separatismo gaúcho, caso a Argentina exercesse alguma forma de dominação/influência sobre o Paraguai. 
  • Visconde do Uruguai (Paulino Soares de Souza): elaborou uma estratégia para conter Rosas, através da aliança com a oposição interna argentina – José Urquiza, governador de Entre Ríos – e com os colorados uruguaios. Derrotaram o blanco Oribe, no Uruguai (1851) e derrotaram Rosas em uma batalha em 1852.
  • Surgem dois Estados argentinos: Buenos Aires e a Confederação Argentina.
  • 1844-52: Império travou boas relações com o Paraguai, reconhecendo sua independência (1844) e apoiando política e militarmente os paraguaios na disputa com Rosas pelo acesso ao mar.
  • Divergências Brasil-Paraguai: 
  1. a queda de Rosas (1852) pôs fim a um inimigo comum entre Brasil e Paraguai.
  2.  O novo presidente, Carlos Antonio López, criou obstáculos à navegação brasileira no rio Paraguai e reivindicava a delimitação das fronteiras no rio Branco.
  • 1856: tratado entre Brasil e Paraguai, que garantia a livre navegação ao Império brasileiro e postergava a questão das fronteiras.
  • José Gaspar de Francia (1816-40): o Paraguai isolou-se diplomaticamente, manteve-se independente em relação a Buenos Aires e incentivou a criação de uma burguesia rural, acumulando riquezas a partir da agricultura.
  • Carlos Antonio López (1844-62): modernizou o país, importando maquinário e técnicos da Inglaterra, e tentou reinserir o Paraguai no comércio internacional. Para isso, precisava de acesso ao mar e passou a militarizar o país para uma possível atuação defensiva na região.
  • 1862: reunificação argentina, sob a presidência de Bartolomé Mitre, criando a República Argentina. Isso desagradava a províncias como Entre Ríos e Corrientes, federalistas, que reivindicavam a nacionalização da renda obtida pela alfândega de Buenos Aires, pois todo o comércio exterior argentino passava por ali.
  • A Argentina passou a apoiar os colorados contra os governantes blancos, no Uruguai. Como resposta, os blancos se aproximaram do Paraguai para obter apoio contra a situação de dependência em relação ao Brasil e à Argentina.
  • Solano López se aproximou de Urquiza (de Entre Ríos), opositor de Mitre, visando a colocar o Paraguai na posição de um terceiro polo de poder regional.
  • Como reação à tentativa de aliança do Uruguai com o Paraguai, a Argentina tratou de se aproximar do Brasil, propondo um eixo de cooperação, em virtude dos interesses comuns a ambas as nações:
  1. convergência ideológica: Brasil e Argentina eram Estados centralizados e sob governos liberais.
  2. viam com desconfiança o governo blanco no Uruguai.
  3. tinham questões de fronteiras para tratar com o Paraguai.
  • O Brasil, agora nas mãos do Partido Liberal, não tinha uma política concreta para o Prata e passou a atuar de forma reativa, em defesa dos interesses gaúchos no Uruguai, que tinham suas atividades pecuaristas prejudicadas naquele país. 
  • 1864: Brasil interveio no Uruguai, com o apoio da Argentina. Reação: Paraguai invade o Mato Grosso (1864) e Corrientes (1865).
  • 1865: formação da Tríplice Aliança – Brasil, Argentina e Uruguai, apesar da dura oposição do Partido Conservador (BR), que desaconselhava o aumento das fronteiras brasileiro-argentinas (pois o tratado reconhecia o Chaco paraguaio como sendo argentino, até a fronteira com o MT).
  • 1868: Partido Conservador chega ao poder no Brasil, e, na Argentina, assume Domingo Sarmiento, contrário à cooperação com o Império.
  • O Plano de Solano López: uma guerra-relâmpago, iniciando pelo norte, onde contariam com o apoio da população de Corrientes, que viria o Paraguai como libertador, e se juntariam às suas tropas, migrando para Buenos Aires para derrubar Mitre. Invadiriam o RS, para chegar ao Uruguai, onde contariam com o apoio dos blancos para vencer as tropas brasileiras. Com resultados, o Paraguai forçaria o Império brasileiro a assinar a paz, reconhecendo-o como novo ator regional e, graças à “libertação” do Uruguai, teriam o porto de Montevideu como ponto de escoamento da produção paraguaia.
  • Fracassos da ofensiva paraguaia:
  1. os federalistas argentinos não se uniram às tropas paraguaias.
  2. Batalha Naval de Riachuelo: vitória brasileira no arroio Riachuelo (Corrientes, AR), consolidando o bloqueio naval do Paraguai.
  3. coronel Estigarribia invade Uruguaiana e acaba derrotado em 1865 pelas tropas brasileiras.
  • 1866: tropas aliadas, sob o comando de Mitre, invadem o Paraguai, através do Passo da Pátria, com o objetivo de tomar a fortaleza de Humaitá, que controlava a navegação no rio Paraguai. Através daí, as tropas aliadas subiriam, via fluvial, até Assunção.
  • Dificuldades: o Exército aliado não conhecia o território paraguaio, sua população, seus recursos militares etc, devido ao isolamento por que havia passado o país. O território de Passo da Pátria era bastante desfavorável para os aliados, permitindo que López construísse uma linha defensiva, levando a uma guerra de posições até 1867.
  • 1868 – Queda de Humaitá: Mitre retirou-se para Buenos Aires, para assumir a presidência, e o marquês de Caxias acabou liderando as forças aliadas. Caxias cercou Humaitá e ordenou que a esquadra ultrapassasse a fortaleza, rumo a Assunção. Os paraguaios, vindo-se cercados, evacuaram a região, e não houve enfrentamento.

  • Caxias propôs a D. Pedro II que se firmasse a paz com o Paraguai, porém o Imperador rejeitou a proposta, por desconfiar das intenções futuras de López.
  • Também os EUA e algumas repúblicas do Pacífico ofereceram-se como mediadores do conflito, mas novamente D. Pedro II refutou tais propostas, objetivando a deposição e prisão de Solano López, como forma de garantir a paz futura.
  • O império brasileiro temia que uma paz acordada significasse o fortalecimento do Paraguai e, mais ainda, uma nova forma de os países vizinhos lidarem com o Brasil: através da força, o que poderia desestabilizar o Império.
  • Estratégia final de Caxias: cruzar o rio Paraguai e marchar sobre o Chaco, através de uma trilha improvisada com troncos de palmeiras, para atacar os paraguaios em Lomas Valentinas.

Luís Alves de Lima e Silva, duque de Caxias

  • Para cercar os inimigos em Lomas Valentinas, em 1868, foram necessárias forças de reserva (tropa argentina + brigada brasileira + tropa uruguaia), devido às milhares de perdas sofridas pelo exército aliado.
  • Solano López foge para o interior do Paraguai e reorganiza suas forças militares, recrutando toda a população, incluindo crianças, idosos, etc.
  • 1869: os brasileiros ocupam Assunção, que estava deserta, e Caxias, já debilitado, declara a guerra terminada, retirando-se do Paraguai, o que obrigou D. Pedro II a nomear o Conde d’Eu como novo comandante das tropas. O conde contou com o apoio do ministro de Negócios Estrangeiros no Paraguai, José da Silva Paranhos, e dos generais Osório e Câmara.

Conde d’Eu e demais aliados, 1870

  • 1870: general Câmara alcança e mata Solano López.
  • Por que a guerra se estendeu por cinco anos, mesmo sendo clara a superioridade bélica dos aliados?
  1. pouca iniciativa dos militares brasileiros;
  2. falta de conhecimento geográfico sobre o Paraguai;
  3. clima hostil;
  4. bravura dos soldados paraguaios;
  5. dificuldades logísticas;
  6. despreparo, em termos de organização das tropas, no momento em que a guerra estourou;
  7. desconfiança dos brasileiros com os argentinos e vice-versa, o que impediu que fosse utilizada toda a superioridade naval brasileira em operações arriscadas;
  8. o comanda superior da marinha brasileira era formado por velhos burocratas do Império, que nunca haviam estado em campo de batalha, e que estavam desatualizados sobre as novas tecnologias de guerra;
  9. erros táticos na coordenação das forças dos três países aliados.
  • Pós-guerra: o Brasil queria manter o Paraguai independente e impedir que a Argentina tomasse o Chaco, conforme constava no tratado da Tríplice Aliança. A Argentina de Sarmiento veio com uma política de que a vitória militar não concedia aos vencedores direitos sobre as fronteiras com o Paraguai.
  • 1872: Império assina um tratado de paz com o Paraguai, bilateralmente, definindo a fronteira comum como até o rio Apa (intenção do Brasil antes da guerra). Mitre é enviado em missão diplomática ao Brasil para tentar fazer cumprir as fronteiras propostas no Tratado da Tríplice Aliança, mas fracassa.
  • 1875: Argentina assina o Tratado Sosa-Tejedor, firmando a paz e limites com o Paraguai, independentemente do Império, porém os paraguaios não assinam, devido à pressão brasileira.
  • 1876: assinados os acordos de paz entre Argentina e Paraguai.
  • 1878: a questão das fronteiras entre Argentina e Paraguai foi arbitrada pelo presidente norte-americano, que decidiu favoravelmente ao Paraguai. Logo, a Argentina não se apossou do Chaco.
  • Resultados da guerra:
  1. PARAGUAI: destruição do Estado existente, perda de territórios vizinhos e ruína da economia paraguaia, de modo que mesmo décadas depois, não conseguiu se desenvolver da mesma forma que os vizinhos. Perdas na guerra: até 69% da população, a maioria devido a doenças, fome e exaustão física.
  2. BRASIL:a guerra expôs a fragilidade militar-estrutural do Império, devido à escravidão, principalmente, mas saiu vitorioso militarmente e fortaleceu sua hegemonia até 1875. Reflexos internos: desequilíbrio orçamentário e no Tesouro brasileiro, além da forte dissociação entre Exército e monarquia, devido ao sentimento de identidade que se construiu durante a guerra. Perdas na guerra: 50 mil homens, devido a doenças e ao rigor do clima.

    Imperador D. Pedro II em visita ao RS, 1865.

  3. ARGENTINA:passou por inúmeras rebeliões federalistas contra o governo nacional, pelo descontentamento com a guerra; economicamente foi beneficiada, pois abasteceu as tropas brasileiras com produtos (principalmente carne e  cereais) oriundos de Buenos Aires, mas também houve sangria do Tesouro nacional. A guerra contribuiu para a consolidação do Estado nacional argentino e para dinamizar sua economia. Perdas na guerra: 30 mil homens.

    Soldados argentinos acampados em Tuiuti

  4. URUGUAI:sofreu impactos menores. Perdas na guerra: 5.000 soldados.

    Coronel uruguaio León de Palleja é retirado morto do campo de batalha

  • Alterações no plano regional: a guerra de certa forma substituiu a histórica rivalidade entre Argentina e Brasil pela cooperação entre os dois grandes países, uma aliança estratégica duradoura, embora as desconfianças entre os lados continuem até hoje. 

Os Bragança, a Independência e o Sistema de Viena (1808-1831)

Resumo do capítulo I do livro Relações Exteriores do Brasil I (1808-1930): A Política Externa do Sistema Agroexportador, de José Luiz Werneck da Silva e Williams Gonçalves – Política Externa Brasileira I – Prof. André Luis Reis da Silva

A Diplomacia dos Bragança e a Independência (1808-1822)

  • O mercantilismo português entrou em crise com a guerras napoleônicas, colocando França e Inglaterra como os principais poderes do início do séc. XIX. Os franceses, liderados por Napoleão, que impusera o Bloqueio Continental aos países europeus, através do Decreto de Berlim (1806), e ameaçava invadir Portugal; e os ingleses, que se afirmavam como maior potência marítima da época, detentores de um vasto império colonial de proporções globais.
  • Portugal precisava decidir para que lado iria: se se aliava a Napoleão, como fizeram os espanhois, ou se pendia para a salvaguarda dos ingleses, seu maior parceiro comercial da época.
  • Prós da associação com a Inglaterra: a família real portuguesa não precisaria se submeter a Napoleão e poderia, ao transferir a corte para o Brasil, transformar o imenso território da colônia em sede de um poderoso império.
  • Contras da associação com a Inglaterra: aumento da dependência com os ingleses.
  • Prós da associação com a França: as tropas napoleônicas eram superiores às britânicas, logo, os britânicos não poderiam defender os portugueses.
  • Contras da associação com a França: Portugal corria o risco de perder todo o seu império, pois não possuía capacidades necessárias para defender seu território e suas colônias.
  • O que de fato aconteceu? Portugal não conseguiu transformar o Brasil em sede do seu império, pois, ao elevar o país a Reino Unido de Portugal e dos Algarves (1815), acabou facilitando a independência, que aconteceria alguns anos depois. Ainda, o território português tampouco foi tomado pelos franceses, como aconteceu com a França, em virtude da mobilização do clero e de ajuda militar inglesa, que foram vitoriosos em expulsar os franceses do reino.
  • 1807: D. João põe em prática o plano de transferência da Corte para o Brasil, escoltados pela marinha britânica.
  • 1808: chegada da família real no Brasil e abertura dos portos às nações amigas (Inglaterra), como retribuição ao apoio prestado.
  • 1809: D. João revoga todos os tratados assinados com a França e invade a Guiana Francesa, considerando-a parte do império português, conforme o Tratado de Utrecht (1713). O território foi devolvido à França somente em 1817.
  • 1810: assinatura dos chamados Tratados Desiguais, que concedia privilégios alfandegários aos ingleses (15%), enquanto que Portugal pagava 16% e as demais nações 24%. O porto franco da ilha de Santa Catarina (atual Florianópolis) passa à tutela inglesa.
  • Questão do Prata: área estratégica para o comércio colonial com toda a região, especialmente a Colônia de Sacramento, disputada por Portugal, Espanha e Buenos Aires (que buscava independência).
  • D. Carlota Joaquina de Bourbon: filha do rei espanhol Carlos IV, irmã de Fernando VII (herdeiro do trono) e ex-esposa de D. João, reivindicava possessões na América hispânica, após a invasão de José Bonaparte, que destituiu a coroa espanhola. Contava com a simpatia de certas elites portenhas, porém setores pró-britânicos da corte joanina eram contra esse projeto, por almejarem anexar a região do Prata, além dos próprios ingleses serem também contrários por preferirem que a região se mantivesse fragmentada, facilitando assim o comércio.
  • 1810: Buenos Aires declara independência da Espanha e incentivam a emancipação do atual Uruguai.
  • 1811: D. João envia tropas à Banda Oriental para assegurar as fronteiras, porém as agitações persistem até 1817.
  • 1821: as tropas joaninas vencem os rebeldes e a região – agora denominada Estado Cisplatino – passa a pertencer ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

A Política Externa do Primeiro Reinado (1822-1831)

  • 1822: Independência do Brasil, totalmente arquitetada pelos próprios Braganças (do Brasil e de Portugal) e com o aval da Inglaterra. Não houve participação popular, guerra, e tampouco significou um ruptura com os portugueses. A independência pode ser vista como um acordo com a metrópole e uma interiorização da metrópole, mantendo todas as estruturas antes existentes, embora o Brasil passasse a ser juridicamente um Estado independente.
  • Em termos de política externa, 1822 nada significou para o Brasil, pois até a abdicação de D. Pedro I (1831) se manteve uma diretriz similar a que vinha sendo adotada pelos Bragança, qual seja, atender os interesses destes, fossem ultramarinos, fossem transoceânicos.
  • O Estado Monárquico Brasileiro herda, por consequência, duas questões da política portuguesa: a dependência em relação à Inglaterra (elemento de subordinação) e as questões platinas com vistas a um expansionismo (elemento de relativa autonomia).
  • 1823: primeira Assembleia Constituinte da História do Brasil, com a participação de uruguaios, representando a Cisplatina.
  • 1825: o diplomata inglês Sir Charles Stuart intermedeia um acordo entre os Bragança de Portugal e os do Brasil para que D. João VI reconheça D. Pedro I como Imperador do Brasil. Nas negociações também foram renovados os tratados livre-cambistas com a Inglaterra e Portugal comprometeu-se a acabar com o tráfico negreiro.
  • Quais os interesses da Inglaterra ao dar seu aval à independência brasileira? Além dos acordos feitos em 1825, exigiram que o Brasil assumisse uma dívida que Portugal tinha contraído com banqueiros ingleses, em 1823, no valor de 2 milhões de libras esterlinas, valor que acabaria sendo o preço pago pelo reconhecimento da independência.
  • D. Pedro I herda uma soberania vendida (com empréstimos britânicos), tratados livre-cambistas feitos com os ingleses e o compromisso de extinguir o tráfico negreiro.
  • Província Cisplatina: uruguaios não queriam estar subordinados nem ao Brasil nem a Buenos Aires, porém com o exílio de Artigas (principal incitador pela independência uruguaia), seus objetivos foram adiados.
  • A elite do Brasil independente era luso-brasileira, estava relativamente coesa e desvinculada das demais latino-americanas.
  • 1825: Argentina (na época, Províncias Unidas do Rio da Prata) anexa a Província Cisplatina → Guerra da Cisplatina. Inglaterra se posiciona como mediadora do conflito, pois queria um ponto de apoio na foz do Prata para 1) penetrar pelos rios platinos, e 2) ter um ponto de escala na rota para a Índia, ou seja, estava preocupada em garantir rotas marítimo-comerciais.
  • 1828: Convenção Preliminar de Paz sobre a Guerra da Cisplatina.
  • Missão Santo Amaro (1828): ao abdicar do trono em 1826, D. Pedro I desejava tornar sua filha, Maria da Glória em rainha de Portugal, porém D. Miguel I (seu irmão) já havia ocupado o posto. Para tentar obter o apoio da Santa Aliança (formada por absolutistas russos, prussos e austríacos, responsáveis pela expulsão de Bonaparte da França) enviou o Marquês de Santo Amaro à Europa oferecendo em troca vantagens na América Latina. Resultados: a missão fracassou com a queda de Carlos X, na França, enfraquecendo a Santa Aliança e, foi cancelada pelos regentes. Mesmo assim, gerou uma hostilidade por parte dos vizinhos hispano-americanos, que passaram a ver o Brasil como adversário.