A Economia Política da Integração Regional

Chapter Thirteen. IN: GILPIN, Robert. Global political economy: understanding the international economic order. Princeton: Princeton University Press, 2001. p. 341-361.

  • O mundo viveu duas ondas de regionalismo, sendo a primeira nos anos 1950-60, da qual se originou a União Europeia (UE), e um novo regionalismo, do final dos anos 1980, mais global e abrangente, envolvendo não apenas integração de mercados, mas de finanças e investimentos diretos.
  • O Ato Único Europeu (1986) deflagrou o novo regionalismo em escala global, diante de um cenário em que as negociações da Rodada Uruguai (1986-94) estavam estagnadas, o que levou muitos países a acelerarem acordos regionais temendo o fracasso da Rodada e eventual perda de mercados pela evolução de outros acordos regionais, enquanto observavam Europa e América do Norte acelerarem seus processos de integração.
  • Anteriormente, iniciativas de livre-comércio regionais eram realizadas em negociações multilaterais, e as rodadas subsequentes à criação do Tratado de Roma (1957) foram respostas americanas à integração europeia (Rodada Kennedy, 1963-67; Rodada Tóquio, 1973-79). A partir do Ato Único Europeu, ficou claro para os EUA que a integração dos mercados da Europa Ocidental era uma realidade e, em resposta, criaram seu próprio arranjo regional, o NAFTA (North American Free Trade Agreement).
  • Na Ásia-Pacífico, o Japão liderou esforços para criar arranjos regionais, vendo neles vantagens de economia de escala para suas indústrias, além de contra-balancear a regionalização da Europa e dos Estados Unidos. Essa expansão dos movimentos de integração regional se justifica pelo “dilema da segurança”, em que Estados tentam através da regionalização aumentar suas posições de barganha frente a outras regiões.